Mariazinha menina de origem humilde, de olhar sereno, mundo pequeno mas sempre alegre e contente ia e vinha sempre correndo.
Desde muito pequena trabalhando e sonhando com um mundo mágico e perfeito. Porém sua vida foi transformando de um tal jeito
Que as dores mundo se transformaram
Em marcas profundas.

Menina esperta, tratava das galinhas, dos porcos e ajuda a mãe na cozinha. Comida pronta, na roça para os parentes ia levar sempre cantando... mas seu sorriso aos poucos foram se apagando.

Ainda pequenina
Não entendia direito seu destino,
Porque seu corpo de menina era tocado, violado e tão pouco entendia porque pra casa voltava com as pernas melada e ainda era ameaçada...

pobre coitada, sofria calada e pra ninguém contava e pensava que mulher nasceu pra ser usada.

Jovenzinha se apaixonou, ao amor se entregou e uma gravidez aconteceu e o abandono não tardou.  E, mais uma vez em seu peito só a dor sobrou.

Vida multiplicada, sofrimento dobrado, rejeição da família de puta fora chamada.
Seus sonhos foram pisoteados,  seu coração dilacerado e Mariazinha ao altar fora levada. Ainda sem entender nada porque um casamento sem estar apaixonada!

E o tempo passou, outro filho chegou e para aumentar sua dor novas feridas em sua  alma brotou. Seu companheiro não compreendeu porque ela sentia tanta dor e ao recusa-lo a força ele a tomou e a luz de Seus olhos de vez se apagou.

Pra Mariazinha só decepção, desamor e humilhação!
Então dobra os joelhos no chão eleva a Deus uma prece: leva-me contigo Senhor, porque este mundo só dor me causou...

Deus veio em seu socorro e orientou: livra-se do opressor, não é porque casou que terá que suportar a dor, a liberdade eu te dou.

Mariazinha hoje segue sozinha, seu coração está miudinho, marcas na alma pra sempre vai levar, mas ela segue agarradinha nas mãos de nosso senhor que sempre fora seu protetor